jueves, 30 de septiembre de 2010

RUMORES DE GOLPE DE ESTADO EN ECUADOR

VER A RAFAEL CORREA:
http://www.telesurtv.net/noticias/canal/senalenvivo.php


LLAMAMIENTO A LA DEFENSA DE LA REVOLUCION CIUDADANA EN ECUADOR

Hoy, 30 de septiembre de 2010, Ecuador despertó con rumores de
desestabilización, protagonizada por un sector de la policía nacional
que, pretextando reivindicaciones laborales, se han tomado con violencia
varios cuarteles policiales, rehusandose a dialogar con el gobierno de
la Revolución Ciudadana que, en su corto periodo de ejercicio ha
incrementado los igresos de este sector en alrededor del 100%.
Levantando consignas de vuelta al pasado, este sector ha generado una
situacion de incertidumbre en las principales ciudades del pais.

El Presidente Rafael Correa se dirigió hasta el epicentro de esta
sublevación e hizo un llamado al dialogo, pero no solo no fue escuchado
por este grupo sino que fue cercado y se mantiene desde hace unas dos
horas (ahora son 11h49 en Quito) en los locales del hospital militar,
conexo al local ocupado por los sublevados, quienes habrían recibido la
orden de no dejar salir al Presidente.

Rechazamos enérgicamente estos intentos de desestabilización derechista.
Llamamos al pueblo ecuatoriano a movilizarse pacificamente en defensa
del proceso de cambio.

Llamamos a los pueblos hermanos a mantenerse alerta y expresar su
respaldo al gobierno de la Revolución Ciudadana y al pueblo ecuatoriano.

Pedimos enviar sus mensajes de soladaridad y adhesiones a:

remte2@fedaeps.org


FEDAEPS
REMTE -- Ecuador


--
Red Mujeres Transformando la Economía, REMTE-Ecuador
Av. La Coruña N28-26 y Belo Horizonte, Quito-Ecuador
Tel. (593-2)2904242
www.movimientos.org/remte

"tarefa política": debate entre foucault e chomsky (1971)








Quase quarenta anos atrás, e me parece que essa afirmação de foucault ainda pode (e deve!) ser sustentada:
"A verdadeira tarefa política, em uma sociedade como a nossa, é criticar o jogo das instituições aparentemente neutras e independentes; criticá-las e atacá-las de tal maneira que a violências política que se exerce obscuramente nelas, seja desmascarada e se possa lutar contra elas."

miércoles, 29 de septiembre de 2010

o território é uma totalidade, mas não uno. É múltiplo,
plurifacetado, o local da identidade e da diferença, da unidade e da diversidade, da ação e da
intenção. A sua essência está no movimento e em movimento, pois ele é continuamente
construído, destruído e reconstruído.
Entidades fazem ato em apoio aos Mapuche em Brasília

(http://www.mabnacional.org.br/noticias/230910_mapuche.html)

Por Maíra Heinen
Da Assessoria de Comunicação Cimi
Foto: Cimi
Nesta quarta-feira, 22 de setembro, representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e da Via Campesina realizaram ato simbólico em frente à embaixada do Chile, no Brasil.
O objetivo da manifestação foi protocolar um documento destas entidades relacionado à greve de fome de indígenas mapuche no país, que já dura mais de 60 dias e protestam contra a lei Antiterror.
Na embaixada, o grupo foi recebido por um dos conselheiros, Pedro González – de acordo com funcionários do local, o embaixador estava viajando. O conselheiro afirmou que não poderia fazer nenhum encaminhamento, mas declarou que o governo do Chile já está buscando formas para mudar a lei. “Estamos dialogando e esperamos que a situação se resolva o mais rápido possível”, afirmou o conselheiro. Ainda de acordo com González, o governo “vai resolver tudo pela via da legalidade”.
Documento
No documento entregue, as entidades manifestam total solidariedade ao Povo Mapuche e repudiam energicamente a aplicação da denominada Lei Antiterror, como instrumento para calar a voz dos movimentos sociais. “É inaceitável que, em um país que se denomina democrático, se criminalize as justas demandas do Povo Mapuche”, diz a carta.
As entidades finalizam o texto esperando “não ter que lamentar nenhuma perda de vidas humanas”.
Abaixo, leia a carta, destinada ao embaixador da República do Chile no Brasil, Jorge Montero Figueroa, e ao Cônsul Geral da República do Chile em São Paulo, Aldo Famolaro.
Por meio da presente carta, queremos fazer chegar a V.Sa., e por seus intermédio às autoridades competentes de seu país, a profunda preocupação que as organizações brasileiras subscritas abaixo temos pelo estado de saúde dos integrantes do Povo Mapuche, que levam adiante, há mais de 60 dias, uma greve de fome em protesto para que suas justas demandas sejam atendidas.
Também, manifestamos nosso total apoio e solidariedade ao Povo Mapuche, e repudiamos energicamente a contínua aplicação da denominada Lei Antiterror, como instrumento para calar a voz dos movimentos sociais. Práticas como essas eram muito comum em épocas ditatoriais e que de forma alguma queremos voltar a viver em nossos países.
É inaceitável que, em um país que se denomina democrático, se criminalize as justas demandas do Povo Mapuche. Em um país democrático, se garante plenamente o direito dos seus povos originários e a liberdade de expressão. O Estado chileno deve saldar a enorme dívida histórica que tem com este povo, que vem resistindo e enfrentando um verdadeiro genocídio étnico e cultural.
Estaremos atentos e esperando não ter de lamentar nenhuma perda de vidas humanas, nos despedimos atentamente,
Articulação Continental dos Movimentos Sociais da ALBA
Via Campesina – Brasil

Energia para quê e para quem?

Para o MAB, tão importante quanto discutir novas formas e alternativas de produção de energia, é discutir um novo modelo energético, que esteja sob o controle e a serviço do povo brasileiro. Na atual organização do sistema elétrico, a população é a última a ser beneficiada. Desde a privatização do setor, a energia elétrica passou a ser considerada uma mercadoria, a serviço do lucro das empresas, principalmente as empresas que consomem muita energia, como a indústria da celulose, siderúrgicas e metalúrgicas.

Portanto, queremos que a organização do sistema energético brasileiro – seja ele baseado na matriz hídrica, eólica ou da biomassa - não sirva mais para o lucro das empresas multinacionais e sim para o bem-estar da população brasileira. A energia se tornou um insumo básico na sociedade, mas que é negado à população que não tem acesso ou não pode pagar pelo serviço.

A seguir, algumas das nossas propostas imediatas para baixar o preço da luz:

1 - Isenção de pagamento dos primeiros 100 kw para as famílias camponesas e o que for gasto a mais “equidade” com o preço pago pelos grandes consumidores de energia.

No Paraná, uma lei garante que, para quem consome até 100 Kw, a tarifa seja gratuita. Nós queremos que este direito sirva para todos os estados brasileiros e que, os KW que ultrapassarem o limite dos 100, tenham o mesmo valor da tarifa paga pelos grandes consumidores de energia.

2 - Igualdade de preço entre as tarifas pagas pela população e pelas grandes empresas

A empresa estadunidense ALCOA e a Vale possuem indústrias de alumínio e ferro no Maranhão e no Pará (a Alumar e a Albrás) e desde 1984 recebem energia subsidiada da Eletronorte. Em 2004, seus contratos com a Eletronorte foram renovados. A ALCOA, que nestes últimos 20 anos recebeu energia ao preço médio de 20 dólares ao megawatt-hora (cerca de 38 reais), em maio de 2004 renegociou o contrato até 2024 para receber 820 Mw médios e paga 25 dólares ao megawatt-hora (cerca de 45 reais). A Vale, que recebia energia ao preço médio de 13 dólares ao megawatt-hora até 2004 (cerca de 24 reais), renegociou seu contrato de 800 Mwh médios até 2024 ao preço médio de 18 dólares ao megawatt-hora (cerca de 33 reais).

Enquanto estas multinacionais (livres) recebem a energia a um preço de 03 a 05 centavos por Kwh/mês, os trabalhadores das cidades, agricultores e pequenos e médios empresários (cativos) pagam de 700 a 1000% a mais que este preço.

3 - Aplicação imediata, em nível nacional, da Tarifa Social Baixa Renda de energia elétrica para os consumidores, de acordo com a decisão judicial de maio de 2007, do Desembargador Federal de Brasília, Sr. Catão Alves.

Desde maio de 2007, uma liminar expedida pelo Tribunal Regional Federal garantiu que todas as famílias que consomem até 220 kwh/mês de energia elétrica, podem receber os descontos referentes a Tarifa Social Baixa Renda na conta de luz, sem precisar estar cadastrado em algum programa social do governo. Para isso, basta entregar uma autodeclaração na distribuidora de energia elétrica da região. Em várias regiões do país os trabalhadores fizeram entregas coletivas das autodeclarações que garantem a Tarifa Social e conseguiram o desconto.

No entanto, as empresas nem o governo estão divulgando e aplicando esse direito com facilidade. Exigimos a aplicação imediata da lei da Tarifa Social. Conforme a lei em vigor neste momento (Agosto de 2008), as orientações para as famílias interessadas são as seguintes:

A - Para todas as famílias que consomem menos de 80 kwh/mês, o reconhecimento pela distribuidora de energia elétrica deve ser emitido de forma automática nas contas de luz, não havendo necessidade nenhuma de comprovação de baixa renda.

B - Para as famílias cujo consumo situa-se na faixa de 80 kwh/mês até no máximo 220 kwh/mês, podem ser enquadradas observando os seguintes orientações:

1. O gasto de energia da família não pode ultrapassar o chamado “limite regional máximo”. A Aneel definiu uma tabela que apresenta os limites para cada Estado (ver tabela abaixo);

2. As ligações devem ser monofásicas;

3. Para quem se inclui nestes critérios e ainda não está cadastrado na concessionária basta preencher um documento chamado de “Autodeclaração”. Este documento deve ser assinado pelo responsável pela conta da energia e entregue na sede da distribuidora local. Depois de entregue, a empresa é obrigada a colocar imediatamente estas novas famílias como beneficiárias dos subsídios constantes na Tarifa Social Baixa Renda;

4. As famílias não precisam provar sua inscrição no Programa Social do Governo Federal (Fome Zero) para serem reconhecidas pela distribuidora ou para se autodeclarar.

5. Os prazos estão em aberto e não há datas limites para apresentar novas autodeclarações.

6. A decisão é de abrangência nacional, ou seja, em todos os estados as famílias podem se autodeclarar.

Para garantir a Tarifa Social está se travando uma batalha na Justiça e, até o momento, as decisões são estas aqui postas. Estes são os limites regionais para a Tarifa Social:

EMPRESAS LIMITE REGIONAL
CERON, CELPA, CEMAT, CENF, CEA, COELBA, CERJ, CELB, CEAL, CELPE, CER, COELCE, CEMAR, CEPISA, COSERN, SULGIPE, ENERGIPE, LIGHT, Jarcel Celulose, SAELPA

140 kWh

ENERSUL

150 kWh

AES SUL, ELETROCAR, CELESC, COCEL, CFLO, CEEE, COPEL, COOPERALIANÇA, DEMEI, EFLUL, JOÃO CESA, FORCEL, XANXERÊ, HIDROPAN, UHENPAL, RGE, MMC 160 kWh
CELTINS, CEB, CELG, CEMIG, CHESP, CFLCL, DMEPC, ESCELSA, ELFSM 180 kWh
ELETROACRE, CEAM, MANAUS ENERGIA, BOA VISTA ENERGIA 200 kWh
BANDEIRANTE, Caiuá, CJE, CLFM, CNEE,CLFSC, CPEE, CPFL, PIRATININGA, CSPE, ELEKTRO, EEB,EEVP,ELETROPAULO 220 kWh

martes, 28 de septiembre de 2010

tensões sobre uma "folha"

A folha de coca deve ser considerada como um elemento territorial de suma importância para diversos povos e comunidade locais da chamada "América Latina", principalmente para os que se encontram na região andina (Colombia, Equador, Perú, Bolívia, Argentina) e amazônica (o brasil e outros países já citados).

Além de sua importância em relação à existência material e soberania alimentar destes povos e comunidades, a folha de coca possui um elemento espiritual e simbólico muito importante nas culturas andinas. Entretanto, tal elemento vem sendo sistematicamente negado e criminalizado pela tal "comunidade internacional" através da sua identificação como "substancia ilícita".

Esta definição da folha de coca como uma "droga" deve ser entendida como uma definição territorial exógena às comunidades locais e povos originários. Conjuntamente com as ações de repressão interna dos estados-nacionais, são ações provenientes das territorialidades verticais das quais nos fala Milton Santos (conferir a pagina "Território" neste blog). São ações que interferem e atacam as tentativas de regulação e atonomia das horizontalidades territoriais destas comunidades e povos.

Nossa equipe que atravesará as regiões andinas deverá estar atenta a estas tensões. Para tanto, segue o link de um artigo sobre as políticas de combate às drogas e a folha de coca, de Johanna Levy publicada no "Le Diplomatique", assim como um pequeno texto que eu produzi chegando em El Alto, Bolívia, em julho de 2009.
Boa Leitura...

"Em favor da folha de coca"

"Ligada à cultura ancestral dos povos andinos e consumida há milênios, ela tem propriedades alimentares e farmacêuticas reconhecidas em inúmeros estudos científicos. Mas o preconceito, as politicas toscas de combate às drogas e as pressões dos EUA querem mantê-la proibida" - (26/05/2008)
disponível em http://diplo.org.br/2008-05,a2390

Respirando [en] el Alto (ou acullicando en El Alto).


   Há mais ou menos 2 horas, llegué al alto, en El Alto, cerca de 4.000 m acima do nível do mar. Estou no districto 8, bairro alteño onde fica a sede da Comunidad Inti Phajsi, a esperar o grupo que esta realizando todos os sabados algumas "visitas" ao hospital infantil onde, vestidos de payazos, vão divertir e animar as crianças que estão no leito deste hospital.

   Enquanto espero fui caminhar até uma das paisagens mais lindas que já conheci: à minha frente e abaixo (uns 500 metros abaixo) se estende um vale que ostenta um pequeno lago. Neste vale se encontra uma comunidade "indígena", ou melhor, original originária, muito antiga (estão lá a mais de 3000 anos), que nem mesmo os colonizadores, nem o Estado, conseguiu desalojar.

   Ao fundo deste hermoso vale, ergue-se de sobressalto os deuses protetores dos andes: Illimani, coberto de gelo e nuvens de tal forma que não se avista seu topo; Morurata com sua cabeça cortada em épocas mitológicas por um Inca, devido seu enorme orgulho de ser o morro mais alto. Dizem que sua cabeça caiu onde agora é o mais novo terceiro morro-deus andino, e símbolo da cidade de El Alto... Wayna Potosi.)

   Ao chegar em El Alto, o primeiro impacto que o meio causa em mim é a falta de ar. A necessidade de mais ciclos respiratórios (inspirar/expirar) para suprir a quantidade de oxigênio que meu corpo esta acostumado... e uma certa dor de cabeça constante como conseqüência da pressão. Espero me acostumar em alguns dias, e ai entra um tema bem controvertido para quem não vive em lugares tão altos ou desconhece a cultura andina: la hoja de coca.

   Primeiramente vale lembrar a diferença entre a folha de COCA e a COCAína. Definida como entorpecente estimulante do sistema nervoso pela OMS (a famosa Organização Mundial da Saúde) e declarada ilegal pela ONU (a degenerada Organização das Nações Unidas) e pela maioria dos Estados Nacionais do mundo, a cocaína é um pó branco utilizado normalmente por vias respiratórias (se cheira!) e possui um alto poder de vício, sendo produzida através do zumo de toneladas de folhas de coca, zumo este processado diversas vezes por produtos quimicos como álcali (solvente orgânico como querosene ou gasolina) e ácido sulfúrico.

   Já a folha de coca por si só é uma planta com reconhecidas propriedades medicinais (como exemplo o "mal de altura"), de forma que seu uso remonta a culturas ancestrais originárias através de chá ou "mascando" um bolo de folhas (acullico). Em momentos de encontro comunitário, em assembléias coletivas, espaços de formação, ensenanza y aprendizagen, esta folha é compartida entre todos presentes, pois seu uso alimenta o debate, seu espirito protege a comunidade... assim, a folha possui um elemento místico e espiritual, sendo usada em rituais e oferendas (não é difícil encontrar no altiplano boliviano yatiris, ou "xamãs", que entre outras, realizam a leitura da sorte com folhas de coca, assim como oferta-la a nossa mãe Pacha).

   Vale destacar também que a folha de coca tem se tornado um símbolo identitário entre os movimentos indigenistas, um símbolo dos povos submetidos à dominação colonial desde a tal "descoberta das índias ocidentais", de instituições e praticas sócio-culturais subjugadas por uma pretensa superioridade euro-americana. É um símbolo de resistência, da luta e da cultura destes povos, de tal forma que no começo deste ano o presidente da Bolívia, Evo Morales Ayma, apresentou uma solicitação à ONU de descriminalização e legalização da folha de coca, através da sua retirada da lista de entorpecentes proibidos pelas convenções internacionais: "A folha de coca não é cocaína, não é nociva para a saúde, não provoca males físicos nem dependência", enfatizou Morales, que, para reforçar sua causa, mascou algumas folhas diante dos ministros dos 53 países membros da comissão

   A ONU sinalizou que irá analisar o pedido, inclusive um estudo efetuado em 1995 pela tal OMS concluiu, com efeito, que "o uso de folhas de coca não parece ter efeitos físicos negativos, podendo ser até que tenha valor terapêutico"... me pergunto se alguem da ONU, ou da tão nobre OMS, se preocupa com o problema de uma outra coca: a COCA-cola?!?!

(El Alto, 25 de julho de 2009) publicado originalmente em http://mirandoelalto.blogspot.com/

sábado, 25 de septiembre de 2010

Fronteiras, Misérias... e a Propriedade de um Sonho

Corumbá, madrugada em uma cidade de fronteira no pantanal brasileiro. Na rodoviária o movimento é nulo, nenhuma sombra humana se mechendo (além dos taxistas que dormem em seus carros, na espera de alguma "corrida", do segurança que ja deve estar no seu 3º sono em sua salinha... e dos doguinos), e além, é claro, do narrador que vos fala!
Apesar do vento, do frio, da chuva e do marasmo aparente desta madrugada, é interessante lembrar que as fronteiras nunca estao paradas, fixas. Pelo contrário, o intenso ir e vir destes lugares é o que caracteriza-os e também o motivo que leva as pessoas, o Estados (ditos "nacionais") e as culturas à tentativa de definir os limites.

-¿E qual o limíte da miséria?-

Nos caminhos deste mato grosso do sul vi muita terra
......muito gado
............muita plantaçao.
Ao fundo de seus poderosos hectares, casas grandes ostentavam pomposidade
......de seus campos verdejantes em todas tonalidades
............onde cabeças somente se contavam com muita dificuldade.
Porém, mesmo com fartura que seduzia meu olhar,
......em minhas vistas era jogado a miséria do lugar.
A beira da estrada, deslocada a senzala se encontrava.
......com retos de madeira, lona e papelao...
............ali jazia o tal do "operario em construçao"...

(Ps.: A fronteira entre o sonho e a realidade, o limíte da miséria e da fartura, neste caso, foi imposto pela propriedade!)

(23-07-09 02:30 am)
Publicado originalmente em http://mirandoelalto.blogspot.com/

jueves, 23 de septiembre de 2010

reflexões sobre autonomia indigena (bolivia)

Autonomía Y Descolonización Del Estado

Aquí están en juego dos interpretaciones del proceso de descolonización. Según Raúl Prada, hasta donde lo he entendido, las autoridades originarias deberían manejar el dinero público y convertirse en funcionarios públicos puesto que  es parte del proceso de descolonización del  Estado. Yo opino exactamente lo contrario. Las autoridades originarias eran parte del Estado colonial; los caciques eran funcionarios asalariados de la corona española. Y el proceso de descolonización empezó con el distanciamiento de los caciques hacia el poder colonial. Tras la sublevación general de 1780-81, los caciques se volvieron no-confiables para el poder colonial que dejó de apoyarse en ellos. En el período republicano, a pesar de ser desconocidos por Simón Bolívar, los caciques  mantuvieron un gobierno propio  través de una red de  apoderados. Considero que el proceso de descolonización se ha afianzado en los ayllus a través de la institución de un gobierno propio e independiente que, en ciertas ocasiones, ha sabido enfrentarse al Estado boliviano. En este sentido, el proceso de descolonización del Estado es una cosa y el proceso de descolonización de los pueblos es otra. El querer absorber a las autoridades originarias dentro de la estructura estatal me parece que sería repetir la experiencia colonial.

indigenas-chaco
El reconocer la autonomía de los ayllus pasa al contrario, creo yo,  por mantener su independencia hacia las estructuras estatales de poder. Los ayllus constituyen un sistema político que ha tenido la capacidad de convivir, a lo largo de su historia, con diferentes modelos de Estado, como ser el Estado incaico, el español, el republicano, el Estado nacional del MNR  y ahora con el Estado plurinacional del MAS pero no se confunde con ninguno de ellos y su participación en cualquiera de estos modelos estatales siempre ha sido objeto de una negociación más o menos pacífica, más o menos violenta; más o menos voluntaria, más o menos forzosa. En este sentido, hay que tener claro que la Constitución no instituye sino reconoce una autonomía indígena que los pueblos mantuvieron a lo largo de los siglos.

Las autonomías municipales, departamentales y regionales se dejan delimitar por las competencias que tendrán y los recursos que manejarán.  Los municipios empezaron a cobrar vida a partir de los recursos de coparticipación y los departamentos a partir del IDH. En cambio los ayllus se mantuvieron vigentes a pesar de no tener recursos, ni personaría jurídica ni nada. Está muy claro ahora que la autonomía departamental de Santa Cruz no podrá aplicarse, a pesar de la aprobación de su estatuto, hasta inscribirse en el ordenamiento constitucional del país. La autonomía indígena al contrario ya está en marcha, ya se vive independientemente de la figura jurídica que se le quiera dar. Por ello, creo que los ayllus están una vez más ante el desafío de posicionarse como un sistema político diferente capaz de articularse con el Estado y sus fuentes de financiamiento público pero sin confundirse con  las estructuras estatales ni depender de ellas.

Articulo original de Vicente Nicolás

Leer artículo completo
Fuente: www.aclo.org.bo

mitos católicos modernos



¿Los misioneros han destruido las culturas americanas?

 Roma (Italia), 31 Ago. 10 (AICA)

 Imagen: San Francisco Solano, misionero

 Se acerca la emblemática fecha del 12 de octubre que en 1492 dio vuelta a una página de la historia universal. Ese día de aquel año un intrépido navegante, con tres frágiles carabelas, se atrevió a cruzar “la mar océana” y puso al descubierto un enorme continente hasta entonces desconocido: el Nuevo Mundo. Junto con el pendón de Castilla plantó la cruz de Cristo. Desde entonces el mundo ensanchó sus fronteras y la Iglesia se embarcó en una enorme empresa de evangelización.

     Paralelamente a la conmemoración del nacimiento de la nueva etapa de la civilización humana, desde hace un tiempo nacieron los llamados movimientos indigenistas, que con el padrinazgo de todos los enemigos de la Iglesia, de cualquier color y estructura que se quiera, renuevan cada año en ocasión de esta fecha, su reclamo en contra del recuerdo del 12 de octubre, a la que califican, sin ningún argumento valedero y con falsas teorías, como una fecha triste y hasta fatídica. Sus principales ataques son contra la Iglesia y sus misioneros, y contra España (no la actual, la de Isabel y Fernando).

     Hace unos meses la agencia Zenit difundió un interesante artículo escrito por el padre Piero Gheddo, que es oportuno reproducir en esta ocasión.

     El padre Piero Gheddo, ex director de “Mondo e Missione” y de Italia Misionera, es el fundador de la agencia AsiaNews. Como misionero, ha viajado a misiones de todos los continentes. Desde 1994 es director de la Oficina histórica del PIME (Pontificio Instituto para las Misiones en el Extranjero) y postulador de varias causas de canonización. Enseña en el seminario pre-teológico del PIME en Roma. Es autor de más de 70 libros.

 El valor y la igualdad de la persona sólo los ha traído Cristo
     En 1970 visité, en México y Guatemala, los lugares donde floreció la civilización de los mayas, uno de los pueblos que la conquista colonial del 1500 sometió a la Corona de España y después convirtió al cristianismo, comienza su artículo el padre Gheddo.

     Con el superior de los combonianos mexicanos, que estaba buscando una misión entre los indios, visitamos algunas diócesis de los dos Estados de Yucatán y Chiapas, y las ruinas y pirámides mayas en Chichen-Itzá, Uxmal, Palenque y Tikal en la jungla tropical; admiré los restos del arte maya en los museos de Mérida y de Campeche. Me quedó un alto concepto de esta gran civilización ya desaparecida.

     No sé si habrán visto la película “Apocalypto”, producida por el famoso actor Mel Gibson (el de la película “La Pasión), que explica cómo era la civilización de los mayas antes del encuentro con los conquistadores españoles.

     Creo que da una idea muy precisa de cómo era la vida cotidiana en la civilización maya, que se considera la más refinada de las culturas americanas prehispánicas.

     Los críticos coinciden al decir que la película es excesiva en la descripción de cuerpos destripados, cadáveres rodando por las escalinatas de las pirámides o de los templos, corazones extraídos de los cuerpos recién asesinados y devorados u ofrecidos a las divinidades, escenas de violencia y de crueldad cotidiana comúnmente aceptada como costumbre tradicional.

     Sin embargo, ésta era la realidad de una civilización todavía no suavizada por el encuentro con el mensaje del Evangelio y del ejemplo de Cristo.

     En estos días, me ha llegado a las manos el fascículo de una revista católica que explica brevemente la evangelización de los pueblos latino-americanos y condena a los misioneros que han destruido las culturas locales, citando y casi añorando las culturas inca, maya, azteca.

     La cultura moderna ha idealizado las “culturas” tradicionales de los pueblos, imaginando un mundo paradisíaco, antes de que la conquista europea llevara la guerra, la violencia, la esclavitud y la masacre de poblaciones indefensas.

     La realidad es bien distinta de este cliché común de lo “políticamente correcto”.

     Como documentan numerosas investigaciones históricas recientes (en las que se basa la película “Apocalypto”), estas culturas pre-hispánicas de la América latina practicaban religiones que prescribían sacrificios humanos a los dioses de su Olimpo y en sus sociedades la vida cotidiana se expresaba en numerosas formas de violencia inhumana contra el hombre y la mujer. Por otra parte, los sacrificios humanos estaban muy difundidos en la civilización pre-cristiana en cualquier continente.

     Civilizaciones que han alcanzado altos niveles de arte, filosofía, poesía, arquitectura, pintura, artesanía, ingeniería, pero en las que la persona humana individual no tenía por sí ningún valor, era simplemente uno de tantos elementos del mundo creado.

     En la civilización pre-cristiana, existían varias formas de solidaridad familiar, tribal, nacional, pero la solidaridad con el próximo, con todo el prójimo, no era nunca universal.

     En la misma gran civilización romana, se reconocía la dignidad del “civis romanus” (ciudadano romano), pero no era la misma que la de la mujer, los esclavos y los enemigos de Roma.

     En el Coliseo, para divertir a la plebe romana, los gladiadores combatían y se mataban, los cristianos eran devorados por las fieras y los niños discapacitados eran arrojados por el Acantilado Tarpea.

     Estos conceptos, es decir, el valor absoluto de toda persona humana (del que se derivan los derechos del hombre y de la mujer) y la igualdad de todas las personas, de los que nació la civilización moderna y la “Carta de los Derechos Humanos” de la ONU, en la historia de la humanidad sólo los ha traído Cristo.

     El cristianismo ha dado dignidad y valor absoluto a toda persona humana y ha sido el gran motor del verdadero humanismo.

     Y si el cristianismo retrocede en nuestra sociedad “post-cristiana”, como quieren nuestros laicistas, esto nos lleva a un estado de barbarie, que creíamos haber superado.

     En resumen, nuestra historia, después de dos mil años de cristianismo, ¡parece haber dado marcha atrás!+

 AICA - Toda la información puede ser reproducida parcial o totalmente, citando la fuente

http://www.aica.org/index.php?module=displaystory&story_id=23145&format=html&fech=2010-08-31



El artículo original está en: http://argentina.indymedia.org/news/2010/09/747914.php


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incrível não??? como uma possível resposta, coloco um trecho do texto de Dussel sobre a racionalidade e o mito da modernidade disponivel em http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/lander/dussel.rtf 




III. Racionalidad e irracionalidad o el mito de la Modernidad

Si se entiende que la "modernidad" de Europa será el despliegue de las posibilidades que se abren desde su "centralidad" en la Historia Mundial, y la constitución de todas las otras culturas como su "periferia", podrá comprenderse el que, aunque toda cultura es etnocéntrica, el etnocentrismo europeo moderno es el único que puede pretender identificarse con la "universalidad-mundialidad". El "eurocentrismo" de la Modernidad es exactamente el haber confundido la universalidad abstracta con la mundialidad concreta13 hegemonizada por Europa como "centro".

El ego cogito moderno fue antecedido en más de un siglo por el ego conquiro (Yo conquisto) práctico del hispano-lusitano que impuso su voluntad (la primera "Voluntad-de-Poder" moderna) al indio americano. La conquista de México fue el primer ámbito del ego moderno. Europa (España) tenía evidente superioridad sobre las culturas aztecas, mayas, incas, etc.14, en especial por sus armas de hierro15 -presentes en todo el horizonte euro-afro-asiático-. Europa moderna, desde 1492, usará la conquista de Latinoamérica (ya que Norteamérica sólo entra en juego en el siglo XVII) como trampolín para sacar una "ventaja comparativa" determinante con respecto a sus antiguas culturas antagónicas (turco-musulmana, etc.). Su superioridad será, en buena parte, fruto de la acumulación de riqueza, experiencia, conocimientos, etc., que acopiará desde la conquista de Latinoamérica16.

La Modernidad, como nuevo "paradigma" de vida cotidiana, de comprensión de la historia, de la ciencia, de la religión, surge al final del siglo XV y con el dominio del Atlántico. El siglo XVII es ya fruto del siglo XVI; Holanda, Francia, Inglaterra, son ya desarrollo posterior en el horizonte abierto por Portugal y España. América Latina entra en la Modernidad (mucho antes que Norte América) como la "otra cara" dominada, explotada, encubierta.

Si la Modernidad tiene un núcleo racional ad intra fuerte, como "salida" de la Humanidad de un estado de inmadurez regional, provinciana, no planetaria; dicha Modernidad, por otra parte ad extra, realiza un proceso irracional que se oculta a sus propios ojos. Es decir, por su contenido secundario y negativo mítico17, la "Modernidad" es justificación de una praxis irracional de violencia. El mito podría describirse así:


1) La civilización moderna se autocomprende como más desarrollada, superior (lo que significará sostener sin conciencia una posición ideológicamente eurocéntrica).


2) La superioridad obliga a desarrollar a los más primitivos, rudos, bárbaros, como exigencia moral.


3) El camino de dicho proceso educativo de desarrollo debe ser el seguido por Europa (es, de hecho, un desarrollo unilineal y a la europea, lo que determina, nuevamente sin conciencia alguna, la "falacia desarrollista").


4) Como el bárbaro se opone al proceso civilizador, la praxis moderna debe ejercer en último caso la violencia si fuera necesario, para destruir los obstáculos de la tal modernización (la guerra justa colonial).


5) Esta dominación produce víctimas (de muy variadas maneras), violencia que es interpretada como un acto inevitable, y con el sentido cuasi-ritual de sacrificio; el héroe civilizador inviste a sus mismas víctimas del carácter de ser holocaustos de un sacrificio salvador (el indio colonizado, el esclavo africano, la mujer, la destrucción ecológica de la tierra, etcétera).


6) Para el moderno, el bárbaro tiene una "culpa"18 (el oponerse al proceso civilizador)19 que permite a la "Modernidad" presentarse no sólo como inocente sino como "emancipadora" de esa "culpa" de sus propias víctimas.


7) Por último, y por el carácter "civilizatorio" de la "Modernidad", se interpretan como inevitables los sufrimientos o sacrificios (los costos) de la "modernización" de los otros pueblos "atrasados" (inmaduros)20, de las otras razas esclavizables, del otro sexo por débil, etcétera.


Por todo ello, si se pretende la superación de la "Modernidad" será necesario negar la negación del mito de la Modernidad. Para ello, la "otra-cara" negada y victimada de la "Modernidad" debe primeramente descubrirse como "inocente": es la "víctima inocente" del sacrificio ritual, que al descubrirse como inocente juzga a la "Modernidad" como culpable de la violencia sacrificadora, conquistadora originaria, constitutiva, esencial. Al negar la inocencia de la "Modernidad" y al afirmar la Alteridad de "el Otro", negado antes como víctima culpable, permite "des-cubrir" por primera vez la "otra-cara" oculta y esencial a la "Modernidad": el mundo periférico colonial, el indio sacrificado, el negro esclavizado, la mujer oprimida, el niño y la cultura popular alienadas, etcétera (las "víctimas" de la "Modernidad") como víctimas de un acto irracional (como contradicción del ideal racional de la misma Modernidad).

Sólo cuando se niega el mito civilizatorio y de la inocencia de la violencia moderna, se reconoce la injusticia de la praxis sacrificial fuera de Europa (y aún en Europa misma), y entonces se puede igualmente superar la limitación esencial de la "razón emancipadora". Se supera la razón emancipadora como "razón liberadora" cuando se descubre el "eurocentrismo" de la razón ilustrada, cuando se define la "falacia desarrollista" del proceso de modernización hegemónico. Esto es posible, aún para la razón de la Ilustración, cuando éticamente se descubre la dignidad del Otro (de la otra cultura, del otro sexo y género, etcétera); cuando se declara inocente a las víctimas desde la afirmación de su Alteridad como Identidad en la Exterioridad como personas que han sido negadas por la Modernidad. De esta manera, la razón moderna es trascendida (pero no como negación de la razón en cuanto tal, sino de la razón violenta eurocéntrica, desarrollista, hegemónica). 

lunes, 20 de septiembre de 2010

ONU: “Los indígenas aún sufren actos de colonización en América Latina”


'Hoy los pueblos indígenas son objeto de una agresión bastante fuerte de las llamadas industrias extractivas que continúan con actos de colonización', declaró el presidente del Foro Permanente sobre Cuestiones Indígenas de la ONU.

Los pueblos indígenas aún sufren en América Latina “actos de colonización”, pese a los “avances” en países como Ecuador o Bolivia, denunció hoy el presidente del Foro Permanente sobre Cuestiones Indígenas de la ONU, el boliviano Carlos Mamani.

Mamani hizo esos comentarios tras intervenir en Madrid en la conferencia internacional “El paradigma del buen vivir en América Latina y el Caribe”, celebrada en la sede de la Secretaría General Iberoamericana (SEGIB), en la que participó también el ministro boliviano de Exteriores, David Choquehuanca, entre otros.

“Por las necesidades que enfrentan los estados de la región respecto a contar con recursos económicos, hoy los pueblos indígenas son objeto de una agresión bastante fuerte de las llamadas industrias extractivas que continúan con actos de colonización”, declaró el presidente del Foro de la ONU.

“Esos actos -subrayó- son casi o totalmente iguales a los ocurridos en los tiempos coloniales” en la región de América Latina y el Caribe, donde habitan más de 600 pueblos indígenas.

En su opinión, ese “proceso de colonización” y esa “situación extremadamente difícil” es una “paradoja” si se tienen en cuenta “avances muy importantes” como la “declaración de las Naciones Unidas que hablan de los derechos de los pueblos indígenas”.

“Es una paradoja -insistió- en la que viven los pueblos indígenas. Incluso hay países donde los pueblos indígenas realmente han tenido avances importantes, como es Bolivia y Ecuador, pero las amenazas persisten”.

“En Bolivia, los indios nos contamos todavía por millones. Pero hay países en la región donde los indios han sido totalmente minorizados y hoy se encuentran en serio peligro de extinción”, advirtió Mamani, que dio en la SEGIB un discurso sobre la aportación de los pueblos indígenas a las democracias latinoamericanas.

A su juicio, la “gran aportación” indígena a la democracia en la región es el “estado plurinacional, que dicen que es un absurdo acá en Europa porque daría lugar a la implosión y desintegración nacionales”.

Sin embargo, “no sólo en América Latina, sino a nivel general, los pueblos indígenas han sido discriminados y marginados”, y “en esa situación es muy difícil pensar en una participación política”, a pesar de que esos pueblos intentan “superar esos marcos de marginación, de exclusión y de racismo”.

El representante de la ONU abogó por el “camino del diálogo” y la “interculturalidad” para atajar “esa situación de discriminación”.

“Los pueblos indígenas -aseveró- han hecho mucho trabajo por sensibilizar, pero todavía queda un camino muy largo por aprender a establecer una democracia que responda a las necesidades de la región” e incluya las “experiencias” indígenas.

Mamani recordó que “los pueblos indígenas siempre han tratado de usar los canales democráticos para presentar sus propuestas”, y apostó por impulsar un proceso del “buen vivir” indígena basado en un “ejercicio intelectual” para “volver a ser nosotros mismos”.

La conferencia de la SEGIB se enmarca en los actos de la IX Asamblea General del Fondo para el Desarrollo de los Pueblos Indígenas de América Latina y el Caribe (Fondo Indígena), que se celebra esta semana en Madrid.

El Fondo Indígena está formado por 22 países miembros, ya que su convenio constitutivo ha sido ratificado por 19 estados de América Latina y el Caribe, junto con Bélgica, España y Portugal.

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Publicado em 09/09/2010 em http://www.originarios.org.ar/index.php?pageid=13&noticiaid=5355

Pueblos Mapuche en huelga de hambre

CARTA PARA TODOS

Estamos presos porque tenemos la razón, siempre la hemos tenido y de la misma manera que tenemos derecho a la vida, también tenemos derecho a la muerte. El derecho supremo a decidir concientemente qué hacer con nuestros cuerpos en este conflicto interminable.

Nuestra propuesta para ustedes Peñi, Lamguien; Amigos; Amigas; sectores sociales verdaderamente progresistas; hermanos libertarios, obreros y estudiantes; Pueblo antisistémico y contestatario; hombres sinceros y hermosas mujeres concientes: sumarse a nuestra lucha en un bloque amplio de participación; buscar en la lucha misma el fortalecimiento de sus propias propuestas que les identifiquen, utilizar este tiempo de protesta para encontrar los amigos de que nos priva el consumismo y el individualismo egoísta; invitar al compromiso social para desenmascarar a estos tiranos que se disfrazan de humildad y que por todos los medios intentan convencernos de que es necesaria su tiranía, socavar las entrañas de este sistema para construir con nuestras propias manos el futuro que merecemos. No se desanimen, pues esto comienza a cada rato, lo único que no cambie es el enemigo.

Nuestra vida vale menos que una casa, todas nuestras vidas juntas tienen menos importancia que un camión que hecha humo, el futuro de la gente pobre se tasa en el Banco Mundial y el FMI. Así lo han dicho los que se siguen burlando de nosotros al elevar la pena de Walter Ramírez a “Tres Años” de pena remitida. Nosotros seguimos gritando lo contrario, absolutamente todo lo contrario.

La cárcel es por ahora nuestro espacio de aprendizaje, por eso les instamos a mejorar sus métodos de lucha, a No subestimar al enemigo, a estudiar para luchar, vencer el miedo y la pasividad.

El patronaje a través de un “alto ejecutivo” de CORPARAUCANIA, Diego Benavente han confesado de que “el Capital es cobarde”, pues no permanece donde existe conflicto social. Nada más acertado porque además de cobarde el capital es Criminal como sus propios voceros.

Vean lo sinvergüenza que pueden llegar a ser estos amigos de la infamia, ya que al mismo tiempo que se empeñan en decir que estamos “comiendo” en esta huelga de hambre interponen un recurso de protección para obligarnos a ala alimentación intravenosa. Al descubierto la inmoralidad del gobierno y la complicidad de mucha gente afín al poder deshumanizante.

Por otra parte los agentes de la derecha no se cansan de repetir que “somos todos iguales ante la ley” que “nadie está por sobre el estado de derecho”, que las “instituciones funcionan” y otra toda cantidad de discursos fascistas elaborados para justificar la injusticia sobre nuestro Pueblo. Bueno, lo concreto es que habemos 33 presos Mapuche enjuiciados antes de cualquier investigación y encerrados sin derecho a que siquiera se presuma de nuestra inocencia, sin embargo, ahí lo tienen los asesinos de Lemún y Katrileo nunca conocieron la cárcel y nunca lo harán, por el contrario andan con esas mismas armas que seguirán matando gente pobre.

Ningún gobierno ha querido abordar en serio nuestra demanda histórica y la solución más diplomática siempre ha sido la técnica del “parche” y la militarización de nuestro territorio. Las maniobras evasivas para seguir postergando el diálogo político tienen al gobierno lo único que hacen es comprimir más una situación que necesita de descompresión y que de no haberla significará la existencia de costos que ambos lados tendremos que enfrentar. Con esta acción de dignidad estamos llamando al gobierno a hacer uso del razonamiento, con esta huelga de hambre que es un componente más en esta “pacificación” nunca acabada (así como lo fueron hasta hace no mucho tiempo los “parlamentos” en territorio Mapuche) intentamos teñir con un poco de humanidad a un gobierno y un sistema que no la tienen.

Según la ley antiterrorista, uno de los propósitos del terrorismo es “imponer y arrancar resoluciones a la autoridad”, bueno, éste es el caso. Apliquen el rigor de la ley y digan entonces que esto es una “huelga terrorista”, pero ¿cómo llaman al testigo protegido confeso de dos atentados terroristas que mantiene a un montón de mapuche inocentes presos mientras él se encuentra en libertad?

Al tratar de ocultar el carácter político de nuestra lucha y de nuestra condición de presos, lo que se hace es todo lo contrario, es decir dejar al descubierto el tema político de nuestras reivindicaciones porque la ley antiterrorista es una ley política, de inspiración y motivaciones abiertamente políticas. Por otra parte, lo que ridiculiza al gobierno y que lo deja a merced de los hechos es que somos nosotros quienes siempre hemos hecho uso de la iniciativa, la lección de esto es que al contrario de los gobiernos que desprecian la vida y su propia historia, nosotros nos hacemos cargo de ella y amamos tanto la vida y su propia historia, nosotros nos hacemos cargo de ella y amamos tanto la vida que la exponemos en esta privación voluntaria de alimentos.

En fin lo que sentimos en mucha rabia e impotencia por las injusticias de este rancio sistema, pero como un preso no sólo es un número ni una fábrica de odio también sentimos mucho Amor y cariño por nuestro pueblo y por todos nuestros hermanos que ha decidido perderle el miedo al winka. Amor y efecto y ternura por nuestros hijos que extrañamos, también por todos los niños mapuche porque con nuestro dolor y sacrificio proclamamos la esperanza de su futuro.

Como ya dijimos la intención de fondo de nuestra movilización carcelaria es contribuir al logro de las unidad mínima dentro de nuestro Pueblo Mapuche y su movimiento, pero también queremos alentar indirectamente la unidad de los chilenos pobres y desplazados en su lucha contra el sistema económico y el Estado garante de los ricos, nuestro enemigo común. Para nuestro pueblo Mapuche una unidad necesaria y permanente que en el largo plazo nos garantice la defensa de los derechos recuperados en este proceso. Pongamos atención a los orgullos sectarios que nos impiden concretar alianzas estratégicas y que contribuyen a lógica autoritaria de “dividir es gobernar”.

Llevamos demasiado tiempo mirándonos a distancia como si fuéramos extraños o enemigos mientras el poder fortalece la dominación. Unidad para luchar. Unidad para vencer. Unidad para redescubrir nuestra fuerza.

El deber moral de los poderosos, que a través de sus generaciones nos han venido imponiendo estos problemas, es asumir su propia responsabilidad y resolver esto. Veremos que tan efectivo y consecuente es el gastado discurso de amor al prójimo o cómo dijo un alto vocero de los ricos: “Agosto es el mes de la solidaridad” que nadie se haga el leso, aquí son todos los responsables, el Estado, la iglesia (que tiene sus capillas sobre sangre mapuche) y los humanitarístas que reinventan cárceles y estrategias policiales.

Los Presos Políticos Mapuche, desde la cárcel de Temuco, les llamamos desde la huelga de hambre a sumarse a la lucha social desde sus sectores, a apoyar nuestro movimiento que es la expresión de la crueldad del capitalismo y de sus representantes, de la indolencia de tantos que para el 2014 estarán en la puertas de nuestras casas pidiéndonos el voto. Les invitamos en una convocatoria amplia a reencontrarse con sus hermanos de lucha. El tiempo es ahora.

Hermanos mapuche, Ámense, reprodúzcanse, tengan muchos hijos mapuche, recuperen, luchen y continúen amándose.

Hermanos winkas pobres y solidarios, únanse, fortalezcan sus luchas, golpeen desde todos lados al poder que les oprime, reclamen lo que les pertenece y por supuesto ámense mucho y sean germen de generaciones de solidaridad.

21 DE AGOSTO 2010 PRESOS POLITICOS MAPUCHE

CÁRCEL DE TEMUCO

EN HUELGA DE HAMBRE 41 DÍAS